Castelo dos Fantasmas
Uma história de amor nos caminhos sinuosos de um castelo assombrado à beira mar.
Em rotinas de encontros e desencontros a princesa Rita e o Roberto tentam vencer fantasmas assustadores.
''Todas as cartas de amor...
são ridículas!''
- Sobre o Espetáculo
- A peça Castelo dos Fantasmas abraça rotinas tradicionais conhecidas em Portugal e na Europa. Mas, também olha e costura memórias, esgaçando algumas convenções em torno da tradição do teatro de marionetas: “Teatro Dom Roberto”, elevado a património imaterial cultural português em 2021.
- Contexto
- Existem várias formas tradicionais de marionetas pelo mundo. Pensa-se que as formas tradicionais europeias, embora com nomes e características diferentes, terão sido originárias da Comédia dell'arte na época renascentista. O Teatro Dom Roberto está para Portugal assim como o Punch and Judy está para Inglaterra, o Guinhol está para França e Polichinello está para Itália.Este género tradicional opera no âmbito da ação, do ritmo, do suspense, do movimento e do uso da palheta. Em todo o mundo serão menos de 150 pessoas a manter este género de teatro popular vivo, entenda-se a referência ao género tradicional com o uso da “palheta” - objeto que quando colocado no palato amplifica a voz do marionetista - e às cenas ritmadas de manipulação e “pancadaria”. Desde 2012 que temos viajado por território nacional e internacional, divulgando e preservando o Teatro Dom Roberto com apresentações, como por oficinas de construção e manipulação das marionetas de luva para crianças, adultos, professores, auxiliares e educadores, assim como, por propostas inovadoras como a construção de novas narrativas através de oficinas de stop-motion com as personagens das histórias, e a construção de Robertões em 2015 que redimensionaram a escala dos bonecos, convidando o público a uma performance "vestindo" as personagens do espetáculo. Estas iniciativas refletem a preocupação da companhia em provocar novas reflexões junto do público, misturando e desconstruindo enredos de forma lúdica em linha artística com o que a companhia se propõe a realizar constantemente: jogar entre e com a tradição e a contemporaneidade. Fomentando de forma incremental o conhecimento sobre uma relíquia da nossa cultura que é uma amostra viva de tempos passados, que fazem recordar os mais velhos e que se revelam aos mais novos, como por uma espécie de fragmentos anacrónicos irresistíveis. Neste sentido, é imperativo dar continuidade a este percurso, agora passados 12 anos, centenas de espetáculos, dezenas de oficinas desde a sua estreia, aprofundar técnicas e descobrir novas possibilidades dramatúrgicas é essencial, e sobretudo aliar a experiência para criar algo “novo”, misturando várias influências vindas das várias formas espalhadas pelo mundo com códigos específicos ancestrais em técnicas de manipulação,mas também no jogo entre a atriz, marionetas e público. Hoje em dia o Teatro Dom Roberto é uma relíquia viva da cultura popular portuguesa e parte do património cultural imaterial português, representado essencialmente por bonecreiros/roberteiros com uma forte ligação ao teatro de marionetas. "O Barbeiro" e a "Tourada à portuguesa" são as mais conhecidas histórias do reportório tradicional. Nos anos 80, João Paulo Seara Cardoso (JPSC), acompanha um dos últimos "roberteiros" da geração dos anos 20/30, o bonecreiro António Dias e muda o enredo dramatúrgico criando novas "rotinas" de manipulação, na peça “O Barbeiro”, tornando aquele que nos dias de hoje é conhecido por Dom Roberto num herói, pois é ele que "mata" o barbeiro e não o contrário, como acontecia anteriormente. Acrescenta ainda a façanha de o Dom Roberto "matar" a própria morte afirmando-se assim um herói e imortal. A partir de JPSC, surgem novas gerações de "roberteiros" e após o seu falecimento em 2010, Sara Henriques (ainda como atriz residente no Teatro de Marionetas do Porto), aprende e recupera o seu reportório, tornando-se a primeira mulher, atriz marionetista profissional a executar o Teatro Dom Roberto com todas as características, que lhe conferem o reconhecimento na Matriz como património imaterial e cultural. Salientamos que o trabalho de escultura no talhar a madeira para a construção das cabeças das marionetas foi também em 2010 concretizada por Rui Rodrigues (artista plástico residente da companhia de JPSC).
Espetáculos de Rua
Castelo dos Fantasmas
- Ficha artística/ técnica
- Co-criação | Sara Henriques, Rui Rodrigues, Luís Zornoza Boy
- Consultoria investigação | Luís Zornoza Boy
- Marionetas e adereços | Rui Rodrigues
- Bonecreira | Sara Henriques
- Música original | António Justiça
- Texto | Excertos do poema “Todas as cartas de amor são”, de Fernando Pessoa
- Figurinista | Cláudia Ribeiro
- Consultoria movimento | Paula Moreno
- Produção | Ana Gavina e Sara Henriques
- Direção artística | Sara Henriques e Rui Rodrigues
- Produção | Red Cloud Teatro de Marionetas
- Co-produtores | Festival dos Canais, Teatro Aveirense, Câmara Municipal de Aveiro e Lisboa Cultura/ Museu da Marioneta
- Apoio | Governo de Portugal – Cultura / Direção-Geral das Artes
- Rider Técnico
- Área para cenografia: 3m x 3m
- Luz (em sala ou noite)
- 2 Projetores ParLed a 3.5m de altura min.
2 Projetores PC 1KW com palas a 3.5m de altura min. - 1 Laptop + interface DMX Chamsys (Equipamento da companhia)
- Som
- Mesa de som (Equipamento da companhia)
Sistema de som stereo em tripés
1 Microfone wireless headset (Equipamento da companhia)
1 Laptop (Equipamento da companhia)
- Logística
- Montagem: Dia 2h / Noite (com iluminação) 4h
Desmontagem - 1 hora - Equipa
2 pessoas
1 camarim
1 pessoa alérgica ao Glúten
- Duração
- 40 minutos
- Classificação Etária
- M/3
- Local de Representação
- Ar livre, rua, praças, jardins, teatros, salas, recreios












